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Mondiacult 2025: IberCultura Viva promove mesa sob o tema “A promoção dos Direitos Culturais e o Fortalecimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”

Durante a Mondiacult 2025, realizada em Barcelona pela Unesco, uma das mesas de que participamos foi promovida pelo IberCultura Viva, programa internacional inspirado na experiência brasileira da Política Nacional de Cultura Viva. A iniciativa, que hoje reúne 14 países, organizou um encontro paralelo sob o tema “A promoção dos Direitos Culturais e o Fortalecimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, reforçando a importância da cooperação entre governos e sociedade civil.


Os ODS fazem parte da Agenda 2030 das Nações Unidas e reúnem 17 objetivos globais voltados a enfrentar os principais desafios do nosso tempo, como a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades, a igualdade de gênero, a preservação ambiental e a promoção da paz e da justiça. Embora a cultura esteja presente de forma transversal em muitos desses objetivos, ainda não existe um ODS específico dedicado ao campo cultural.


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Nesse sentido, a presidenta do programa e secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil (MinC), Márcia Rollemberg, destacou a importância de avançar nesse debate. Para ela, a criação de um ODS da Cultura seria um passo fundamental para reconhecer de maneira direta o papel da cultura no desenvolvimento sustentável e no fortalecimento das democracias. Ela lembrou que somente o Brasil já conta com quase 10 mil Pontos de Cultura reconhecidos, experiências que demonstram como políticas de base comunitária podem transformar territórios e inspirar ações em escala global.


O debate contou também com representantes da Colômbia e da Espanha, que apresentaram exemplos concretos de como a participação social vem moldando políticas culturais em seus países. A ministra das Culturas, Artes e Saberes da Colômbia, Yannai Kadamani, destacou o envolvimento de milhares de agentes culturais no fortalecimento da Lei Geral de Cultura. Já a diretora-geral de Direitos Culturais da Espanha, Jazmín Beirak, chamou atenção para a necessidade de tratar a cultura como um direito humano tão essencial quanto a saúde ou a educação.


Ao longo do evento, foram apresentados os resultados de 10 anos do IberCultura Viva: mais de 800 bolsas de estudo concedidas, centenas de redes e projetos colaborativos apoiados e o intercâmbio de quase 200 grupos culturais entre países. Para nós, foi fundamental acompanhar essa mesa, pois ela reafirma que o reconhecimento da cultura nos ODS — e a defesa de um ODS específico da Cultura — é uma agenda estratégica para garantir direitos culturais e promover sociedades mais justas, democráticas e sustentáveis.

 
 
 

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